Panorama para atuação em fóruns e organizações internacionais

A participação do BCB nos debates dos fóruns e organismos internacionais é especialmente importante no atual contexto, em que os países ainda lutam para voltar a uma situação de maior normalidade na economia global. Uma característica importante dessas discussões é o cotejo de diferentes visões, em particular as das economias emergentes, que anteriormente possuíam voz limitada na governança econômica mundial.

Em busca de resultados positivos concretos, o Brasil atuou no sentido de promover um diálogo franco na tentativa de construir consensos e favorecer uma saída duradoura da crise. Importantes desafios foram abordados nas discussões, tais como:

  • o combate aos desdobramentos da crise, por meio de um forte processo de coordenação entre os países, contribuindo para evitar consequências ainda mais dramáticas da crise global;
  • a adoção de ações de coordenação macroeconômica, reformas da arquitetura financeira internacional e implementação de reformas financeiras, com vistas a colocar a economia mundial em trajetória de crescimento mais forte e sustentável.

O Brasil, tradicionalmente, procura atuar visando maior aproximação entre grupos de países, em particular com outras economias emergentes e em desenvolvimento. O BCB procurou estender os debates do G-20 e do FMI para seus parceiros na América Latina, Ásia e África, com destaque para a comunidade dos países lusófonos e os membros do Centro de Estudos Monetários Latino-Americanos (Cemla).

O G-20 é um fórum informal que promove debate entre países industrializados e emergentes sobre a estabilidade econômica global. Reúne os chefes de Estado, ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia.

O Cemla é um organismo que busca promover o entrosamento entre os bancos centrais latino-americanos. Promove pesquisas, divulga informações aos membros sobre temas monetários e bancários na América Latina e no Caribe e promove a capacitação de pessoal dos bancos centrais.